Eu sei


Tu não entendes. És incapaz de ver as coisas. És precipitado, queres tudo a correr e eu gosto de calma. Um passo de cada vez, um à frente do outro. Não devemos tentar andar com os dois ao mesmo tempo, isso faz-nos cair.
E sabes o que me tem atravessado a mente? Largar tudo e correr para os teus braços de uma vez, mas eu assusto-me, o medo berra mais alto que a minha própria voz... aí retrocedo, deixo-me ficar nos pisos inferiores aos teus e vejo-te subindo os degraus- um a um, e às vezes de dois em dois. Estás sempre mais avançado. A tua coragem berra mais alto, que o teu próprio medo. Quem me dera que comigo acontecesse o mesmo, mas eu sempre serei mais fraca que tu.
O passado teima em assombrar, e os sustos anteriores teimam em me assustar e eu sei, eu sei que devia alcançar-te nesta corrida, esquecer o segredo, sem temer o medo.

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