Oásis - II

Mal chegamos ao quarto, chamaram-nos para comer pelo altifalante que estavam instalados pela casa toda. Já não estava a gostar muito disto, muitas regras não dão para mim e eu sinto-me enjaulada.
A Sofia puxou-me pelo braço e disse para irmos, que chegássemos atrasadas tínhamos de ser nós a arrumar as mesas. "Quase", pensei para mim. "Nem em casa arrumo".
Haviam papéis espalhados pelas mesas fora, com os nossos nomes. Cada um tinha de procurar o seu e sentar-se no devido lugar. Eu não fiquei com a Sofia, nem com a Filipa, nem com nenhum dos da minha catequese. Fiquei com o atrasado do rapaz que veio contra mim e os amigos retardados dele. Passaram o jantar todo a falar de raparigas. Ora das raparigas que tinham papado nas férias de Natal, ora das namoradas que levavam lá para casa deles. São mesmo anormais e eu nem sei o que eles fazem num retiro espiritual. Eles cometem pecado, atrás de pecado...Hey, mas eu também não posso falar muito.
O rapaz que veio contra mim, viu-me muito calada, muito fechada em mim.
Ele: És sempre assim, tão chata?
Eu: Chata? olha-me a tua moral. Tu é que não te calas. Há mesa não se fala!
Ele: Calma miúda. Ainda não nos apresentamos. (esticou a mão e disse) sou o Samuel! (sorriu)
Eu: Não sou nenhuma miúda. Sou a Isabel. (empurrei-lhe a mão para trás e torci o nariz).
Ele: Não precisas de ter medo, Não te mordo.
Eu: Pelas vossas conversas, não mordes é pouco. (ri-me)
Ele: Ui, a menina já cheia de gracinhas. Afinal és divertida e ficas muito mais bonita a rir.
Eu: Não me venhas com filmes. Não sou as tuas amigas e gajos como tu, topo eu e de longe.
Ele: Estás tão enganada a meu respeito, mas pronto. Estes são os meus amigos. (apontando para cada um deles foi dizendo os nomes) É o Renato, o André, o Simão e o Bruno.
Disseram-me olá todos em coro e eu sorri e disse olá.
O Simão sussurrou qualquer coisa no ouvido do Samuel e ele riu-se e eu disse:
É falta de educação dizer segredos à frente dos outros
Samuel: Calma, o Simão estava a dizer que te queria conhecer.
Eu: Vai ter tempo para isso durante a semana.
O jantar acabou as catequistas disseram que podíamos ir para a sala de convívio e depois cama, porque logo de manhã íamos acordar por volta das 7h, há muito que fazer. E eu pensei para mim "cama? quase. vou perguntar á Sofia e à Filipa, se querem ir a um bar. Clandestinamente. Depois de toda a gente se deitar."
Fui falar com elas. Ao início ficaram de pé atrás, mas lá depois embarcaram na ideia.
Já no início da madrugada, depois de se ouvir toda a gente ressonar, saltamos pela janela e fomos para um bar, junto à serra.
Achei que a noite ia ser maravilhosa, mas quando lá chegamos quem lá estava? O atrasado do Samuel. Que faria ele aqui?

continua...

12 Comentários

  1. esta historia e veridica?
    a tua personagem e dificil :'o

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  2. ahah tens q deixar as pessoas conhecerem-te :)

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  3. estou a seguir a historia, fico a espera da continuaçao :)

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  4. e eu amo-te a ti e amo o Nós q c o tempo fomos contruindo

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  5. obrigada por tudo amor (:

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  6. Estive a ler a história e está engraçada (;
    Aguardo continuação ^^
    Podias participar neste concurso: http://amanhatudopoderaterdesaparecido.blogspot.com/p/passatempo-do-blog.html

    - Estou a seguir-te $

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