Vejo a amar-mo-nos sem parar

O amor não morre, é como a alma. Fica sempre com a gente. Seja em qual vida for, o amor é o mesmo, os traços sublimes são os mesmos, o toque suave, o coração a palpitar. Tu és o mesmo que eu amei em todas as vidas que eu já tive, sabes? eu sinto isso toda a vez que te vejo chegar perto de mim, quando me encostas os dedos ao nariz, quando me sorris à alma e me falas ao coração. Tu és o primeiro que eu vi ao abrir os olhos nas manhãs de muitos anos, o mesmo que se enroscou comigo num cobertor quentinho com os pés enfiados numa lareira. És o mesmo que já me viu de todas as maneiras, em todos os sítios, em todas as horas, em todas as épocas. Tu és o que já partilhou comigo trajes de alturas, línguas esquisitas, comidas típicas dos países, culturas de regiões. Tu és o que já dormiu comigo em todo o lado, o que já partilhou comigo todas as casas possíveis e o que já viu programas de televisão que já ninguém lembra. Tu és a minha alma-gémea, e é como eu digo- a alma-gémea é sempre a mesma, independentemente do ano, da época, da região, da língua que falarmos.
E eu Amo-te no silêncio das palavras que voam; das recordações que sorrimos; dos desejos que satisfazemos.
Quando olho para nós sabes o que vejo? Vejo a amar-mo-nos sem parar.

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